" A beleza de ser um eterno aprendiz..."

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Para pensar ...

" Se a dança torna-se adulta em mim, se levantar o braço é um processo que conheço intimamente, que conheço como meu, posso então criar um gesto maduro, individual. À medida que trabalhamos, é preciso buscar a origem, a essência, a história dos gestos - fugindo da repetição mecânica de formas vazias e pré fabricadas. Só assim o trabalho resultará em uma criação original, em uma técnica que é meio e não fim, pois a técnica só tem utilidade quando se transforma em uma segunda natureza do artista.
   Se o bailarino não se trata como ser humano, como pessoa, se não tem amadurecimento para enfrentar situações mais difíceis, sua arte será deficitária. É assim também na aula: é preciso que eu vivencie muitas e muitas vezes um movimento. Não adianta entendê-lo, racionalizar cada gesto - é preciso repetir e repetir, porque é nessa repetição, consciente e sensível, que o gesto amadurece e passa a ser meu. A partir daí temos capacidade de criar movimentos próprios e cheios de individualidade e beleza. "

A DANÇA - Klaus Vianna - página 73
Foto de "Estatutos do Homem" coreografia de Décio Otero
bailarina Ismenia Rogich

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